Os principais problemas enfrentados no “Day After” de um processo de M&A

Há alguns anos assumi uma função executiva em uma empresa e junto com a nova função recebi um presente: “Estamos concluindo o processo de compra de uma empresa para fortalecer o portfólio da sua unidade e você vai colocar tudo isso para funcionar”.

No início achei maravilhoso, pois realmente a aquisição parecia fazer sentido no que tange ao fortalecimento do portfólio. Entretanto, eu me deparei com problemas muito comuns quando a negociação acabou e começou o dia a dia com uma nova empresa a ser integrada.

Alguns dos principais problemas enfrentados e que a maioria das operações apresenta:

• Culturas muito diferentes – No meu exemplo, uma multinacional com sistemas e processos robustos adquiriu uma pequena empresa familiar. A diferença de cultura era muito grande;

• Sinergias identificadas na fase de negociação que não se concretizam – É muito comum que equipes que participam do processo de avaliação e Due Diligence (DD) não sejam responsáveis por operar o negócio no futuro. Vários problemas podem surgir, desde sinergias planejadas que não existem, até compreensões diferentes do time de operação que não consideram a visão inicial;

• DD mal conduzida – O processo de DD é o momento de conhecer de fato a operação e levantar todos os riscos futuros possíveis. Erros nesta etapa têm consequências muito severas no futuro;

• Falta de experiência do comprador – O processo de fusão e aquisição é complexo e longo. Precisa de competências múltiplas para o sucesso;

• Perda de colaboradores-chave - Isso ocorre por assédio da concorrência e falta de uma política de valorização de talentos pela empresa que está adquirindo.

Muitas empresas não se preocupam com o “day after” e, por isso, não planejam como será a integração do novo negócio dentro do ambiente da compradora.

Portanto, para processos de fusões e aquisições as empresas necessitam de suporte, para um planejamento robusto que considere a melhor estratégia, além de um processo bem definido até a completa integração das operações, para que o objetivo final de geração de valor ao acionista seja, de fato, alcançado!