A Indústria 4.0, também chamada de 4ª Revolução Industrial (a primeira revolução ocorreu há mais de 250 anos, na Inglaterra, e teve como marco a mecanização dos processos industriais), corresponde às transformações que tem mudado significativamente a forma de se produzir em larga escala, por meio da automação e das trocas constantes de dados/informações, bem como da modernização e da reestruturação dos modelos de negócios. O termo foi empregado pela primeira vez na feira de Hannover/Alemanha em 2011, enfatizando aplicações de novas tecnologias na indústria manufatureira avançada (produção conectada e inteligente).
A introdução de novas tecnologias, dispositivos inteligentes e de um elevado nível de digitalização pela Indústria 4.0 tem ampliado a automação de grande parte dos processos operacionais e até mesmo estratégicos. Ela vem evolucionando rapidamente a forma que as empresas fabricam, melhoram a qualidade de seus produtos e sua logística de distribuição com o foco nas necessidades específicas de seus clientes/consumidores, aumentando as possibilidades de personificação.
O objetivo central da Indústria 4.0 é bem simples: permitir uma customização em escala por meio da otimização do processo de produção, tornando-o mais ágil, autônomo e econômico. Ou seja, o ganho em produtividade é um dos principais benefícios da Indústria 4.0, alinhado à uma demanda global cada vez mais exigente e customizada.
Segundo o Indústria 2027, projeto coordenado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a Indústria 4.0 abrange um conjunto de novas tecnologias e práticas recomendadas para a operação de seus produtos e processos:
Internet da Coisas (IoT, em inglês)
Produção Inteligente e Conectada
Inteligência Artificial, Computação em Nuvem e Big Data
Tecnologia de Redes
Biotecnologia
Nanotecnologia
Materiais Avançados
Armazenamento de Energia
Porém, apesar de não ser algo tão recente, os benefícios potenciais e impactos positivos da Indústria 4.0 ainda são pouco aplicados no Brasil. Na realidade, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), são poucas as empresas no país que mostram condições de serem classificadas como Indústria 4.0 ou se aproximam desse conceito. Ainda, de acordo com a CNI, a adoção desse modelo é urgente para a competitividade de mais da metade dos setores da indústria brasileira. Um levantamento desta entidade mostra que, desde o início da pandemia do coronavírus, empresas com tecnologias da Indústria 4.0 superaram as dificuldades mais rapidamente além de lucrarem mais.
Diante desse cenário desafiador, a pergunta que se levanta é: Há um único caminho a seguir que leve à Indústria 4.0? A resposta é não. E a razão é simples: as várias tecnologias em ascensão para se levar à Indústria 4.0 trazem desafios e oportunidades ao mesmo tempo, e é fundamental analisar quais riscos estas oportunidades podem trazer para a organização. Então, primeiramente antes de dar o primeiro passo na implementação, há a necessidade de se fazer um diagnóstico preciso da empresa/negócio para se identificar quais as atividades poderiam ser mais beneficiadas pela adoção da série de tecnologias e assim definir uma lista de prioridades juntamente com sua capacidade de absorção e grau de maturidade que se encontra.
E, é justamente na construção desse diagnóstico e proposta de alternativas de trajetórias adequadas, por meio do entendimento dos processos chave de sua empresa e do seu modelo de negócio atual, do setor e do ambiente externo que está inserido, que os especialistas da BIZUP Strategy podem ajudar, suportados por seu conhecimento e expertise em vários setores industriais.
Fontes:
Indústria 2027, projeto coordenado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), com execução técnica dos institutos de economia das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual de Campinas (Unicamp)
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI)
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
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